quinta-feira, 1 de novembro de 2007

vida quebrada

Se acocóra a mulher na beira do rio,esfrega sua vida nas roupas sujas de sofrimento.
Encosta seu estomago vazio na borda do fogão,mexendo a encardida panela de farinha com feijão.
Alimenta seus pequenos,éla come somente um pedaço de pão.
Esfrega seu pé rachado em parede de papelão,e na tarde quente de escaldar,carrega um balde pra água ir buscar.
Equilibrando na cabeça,vem molhando seu caminhar.
Joga seu corpo curvado em cima de pano esgarçado pra tentar descansar.
O choro do filho em febre,não lhe permite um pouco relaxar.
São lugares esquecidos,caindo pelos cantos do mapa,ninguém se lembra que existe,pra que alguém quer se lembrar?
Ah sim! logo irão se lembrar,analfabeto também pode votar.

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