sábado, 20 de dezembro de 2008

Sem nome.

Trazia consigo sonhos de prata, reluzentes como estrelas pintadas no rosto.
Os ólhos procuraram atentos pousadas para pensamentos realizadores,.
Cedo se fez mulher e mãe, carregou duas filhas queridas no ventre.
Seguiu com sua verdade de amor eterno, e ao longo do caminho esse amor se partiu.
Buscou nas madrugadas consolo para aquela dor do sonho acabado.
Agóra seus ólhos buscavam uma vida nova.
Foram longos anos de busca inócua.
Seguiu sem porto seguro, queria encontrar um novo caminho.
Perdeu-se da vida real, e caiu nas garras de castelos e príncipes de cavalos brancos.
Viveu primeiro a vida de mulher, depois a de adolecente que não vivera.
Acreditou em fantasias que queria fossem realidade.
Caminhou nas madrugadas, se machucou e quebrou a armadura da mulher forte e que pensava ser poderosa.
Caiu na dor da verdade, e os anos se passaram sem piedade, e a vida caminhou trazendo dores e abandono, a perda e uma profunda tristeza.
Lá bem longe, distante de agora, esqueceu de pensar no seu futuro, viveu o que queria, e hoje é sómente um corpo velho feio e ja cansado.
Hoje nada mais combina com os sonhos do passado.

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