terça-feira, 22 de julho de 2008

Gaiola dourada.

No palco dançava sua guerra, pintada escandalosamente chamava todos à cantarem.
Já na rua esperava sem surpresa, mais uma vêz o tempo passou e nada aconteceu.
Trancou suas palavras, esfregou o rosto manchado, calou na dor o canto que Há pouco cantou.
Na cama perfumada rolava desencantada soluçava engasgada e amava desesperada.
No telefone a voz embargada perguntou, por quê ? e do outro lado a resposta de sempre: hoje não deu.
Refez a maquiagem, ousou no vestido decotado e desceu na madrugada enluarada.
Contou estrelas, sorriu para a lua e bebeu.
No resto da noite sofreu e sofreu, e mesmo asim não entendeu, brincava com seu amor, roubava lhe o dia e as noites, mentia pra vida e pra si mesmo, nada importava a não ser somente êle, nada existia a não ser êle, queria um porto seguro, mas em troca só lhe causava amargura.
Desencantada e cansada, voltou e adormeceu, e no dia que já quase amanheceu, pensou e ligou.
Hoje te espero novamente, não deixe de vir, e do outro lado a resposta.
Claro meu amor!

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