segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O que será que será

Pode ser que o sol chore seu fogo e que a chuva segure seu pranto.
Que eu desista ou insista. São muitas perguntas.
Pode ser que o céu viaje e deixe um vazio, que a lua se apague e que não se encontre vela. Que meu coração mude de lugar, que meus olhos parem de enxergar. Quem sabe estou a declinar? Será que encontro alguém nessa hora para me ajudar?
Sou alta e estou pequena, sou pesada e me sinto pena. Procurando alento só encontro desconforto.
O dia é claro e as vezes enegrece, a morte é finita e ainda assim chamo por ela. Vem o susto, peço perdão. Quero ficar. Sou guerra e de repente grão de areia.
Procuro águas mansas, mornas e cristalinas, verdades, quero acordar sem rancor. Quero noites de risadas, amigos devotados, lutar sem guerras e cavar espaços. Persistindo, cantar o amor.

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