Aniversário, parabéns, festa da vida.
A vela acesa, aperto em minha alma. Fazer o quê alem de sofrer? Esperar por quem? Quero ficar só, preciso falar mas não quero conversar.
Quero voltar à vida mas quero ficar trancada.
Quero chorar mas estou seca.
Quero amar mas não quero conhecer ninguém.
Tenho uma andança no peito, uma ciranda na cabeça e um intruso no corpo.
O que fiz? O que pude, o que consegui.
Como fênix, renascendo das cinzas e a cada dia morrendo numa poeira, quebrada.
Sempre interrogações com muitas exclamações.
Tantas crenças e decepções, sustos.
Mil sonhos acordada, mil faces espaldadas. Acocorada, cansada, muito magoada.
Busca constante de respostas, revolvendo tantos erros, procurando me perdoar.
A cada amanhecer o medo, a cada entardecer a esperança.
Livre mas acorrentada, chicoteada no tronco.
Nexo desconexo, sem eixo, estrada curva, rua sem saída.
Frio. Calafrio. Vergonha. Coberta. Suor. Propaganda.
Escondida do bolo, da festa do parabéns. Quem vem?
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