Sufocada pensava que não poderia suportar.
Músculos doídos queria se deitar, não podia, por enquanto não!
Como garras afiadas tinha algo no ar, uma presença abstrata, mas estava lá.
Diluindo-se, como vapor subindo e os pensamentos em rotação alterada, doída magoada muito cansada.
Queria as margaridas e nem rosas tinha, o jardim secando o canto ainda não existia.
Como cigana como petéca, jogando a sós, ia e via, fugia e dormia, acordava e chorava, sem fantasia sem sequer sentir esperança, de ter abraços ou laços.
Descia a ladeira e caia, levantava e mais caia, se ralava e sofria.
Queria poesia alguma magia, um encontro de sí pois já se perdia, e não mais sorria, só envelhecia, e comia, muito ela comia, e no novo dia dizia: a vida ainda existe, saia déssa agonia, e não saía e cada vêz mais se perdia, e ouvia o choro o grito e a patifaria.
A mãe adoecia e o mêdo à cutucava como garras afiadas, e lá longe ave maria alguém cantava, e ela se enternecia.
Maltrapilha e fora de sintonia se julgava uma refém de sí mesma, tentava se soltar e não conseguia.
Que bom arrumar um sarau de poesias, pintar a bôca de carmim e maravilha, soltar seu grito bloqueado, não deixar seu corpo arcado e seus pés taõ parados.
Que bom passar pela estrada jogar sementes de futuro e acreditar em seu crescer desnudo de crer em contos de carocha, pois só o que não vai mais acontecer, será um abraço apertado e muitos beijos de alguém amado.O que amou já passou, não tem mais como chegar alguém, resta só o cansaço, e continuar à ouvir choros e gritos, e abrir os braços para o abraço de pequenos meninos.
È sómente o que resta!, tudo se foi, até mesmo sua pequena menina e grande mulher.
Foram-se os encantos os encontros e contos, conversas gostosas e preces para não desistir.
As grandes noites e os dias mornos, as fogueiras e a dança de quadrilha, as praias e o encanto das estrelas.
As margaridas não brotaram e seus pés se racharam, e hoje só pede ardentemente:Preciso de mais tempo por aqui, quero ver meus pequenos crescendo, e me encantar com seus conhecimentos.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
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