existiram bons tempos, os de hoje, me massacram.
as duvidas, inseguranças, os medos.
pensamentos tristes, sonhos estranhos.
amargura na vida, dias inquietos.
muitas perguntas, ninguém pode ou saberia responder.
agonia se agigantando, o tempo se esvaindo, a passos largos, correndo enlouquecido, desvairado me tortura.
não pode ser diferente, é onipotente, dono dos passos e do amanhecer. dono da noite e do sofrer, que pode ser pouco, ou em overdose, que parece jamais se acabará.
chegam as perguntas, tantas, milhares.
chegam as lembranças, boas, alegres, e as infinitamente tristes, cheias de dor e solidão.
ele o tempo, me faz a dor ser cruel e amarga, pois mesmo ja passado muito tempo, ele ainda me mostra, que não sabe o quanto dele terei de esperar, para poder saber, se só partindo, minha alma irá descansar, e meu coração, parar de doer.
que bons tempos se passaram, quantos tempos de paixões, amor e alucinações, por conta de desejos intensos e tempos de sorrir. se foram, e o tempo que restou, deixou restos, e sobras, tristezas e desencontros.
tempo, hora amigo do peito, hora aflito me descompassa. e hora ainda me faz esperançosa.
tempo, que finito será à todos, mas que ninguém jamais saberá de seu tempo.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
quem se importa
que importa se chove ou se brilha o sol?
que importa se o coração está murcho, se só faço lavar e passar, varrer e pendurar, recolher e dobrar.
que importa se está quente ou faz frio?
se a tarde está nostalgica e estou só?
ouço o tic tac do maldito relógio, estou a deriva de minha vida, ela passa e eu não vejo.
quem se importa comigo, se não estão podendo se importar consigo?
a solidão grudou-se nos meus póros, a dor fisica me judia, e a abstrata me mata aos poucos.
corroe meu corpo velho e sem formas.
eu me importo com que?
em apagar as luzes, desligar as tvs, recolher objetos, e pensar no que ainda tem pra fazer.
me importo com a dor e o sofrimento dos que amo, mas mal posso suportar os meus.
tapo o sol com a peneira, odeio a saudade renitente, choro lágrimas que parecem se acabar.
sofro sem amor, e sei que minhas chances se acabaram.
nunca mais usarei salto alto, não mais passarei o batom que adorava, nem me enfeitarei como fazia.
não mais rodopiarei em um salão de baile.
nos dias de hoje, quem pode se importar com alguém, e se, se importar, o que poderá fazer?
que importa se o coração está murcho, se só faço lavar e passar, varrer e pendurar, recolher e dobrar.
que importa se está quente ou faz frio?
se a tarde está nostalgica e estou só?
ouço o tic tac do maldito relógio, estou a deriva de minha vida, ela passa e eu não vejo.
quem se importa comigo, se não estão podendo se importar consigo?
a solidão grudou-se nos meus póros, a dor fisica me judia, e a abstrata me mata aos poucos.
corroe meu corpo velho e sem formas.
eu me importo com que?
em apagar as luzes, desligar as tvs, recolher objetos, e pensar no que ainda tem pra fazer.
me importo com a dor e o sofrimento dos que amo, mas mal posso suportar os meus.
tapo o sol com a peneira, odeio a saudade renitente, choro lágrimas que parecem se acabar.
sofro sem amor, e sei que minhas chances se acabaram.
nunca mais usarei salto alto, não mais passarei o batom que adorava, nem me enfeitarei como fazia.
não mais rodopiarei em um salão de baile.
nos dias de hoje, quem pode se importar com alguém, e se, se importar, o que poderá fazer?
sábado, 24 de janeiro de 2009
madrugada.
Altas horas, cansada e sem alento.
Mesmo com medo saiu pela rua à caminhar.
A triteza tomava conta de seu peito angustiado.
Saudade de seu menino, de sua filha que partira, e triste pelos apuros de sua outra filha.
Corria a noite, corria a cabeça disparada em pensamentos, chorava o coração em desalento.
Pensava e repensava, nada encontrava para uma idéia maravilhosa.
Virou a esquina e sentiu medo.
Gritaria e zueira dos embriagados da madrugada, dos mendigos jogados nas calçadas, e das crianças em desamparo.
Recuou se virou e voltou para casa, para a cama, para seu travesseiro e para sua dor e saudades eternas.
Foi para suas preocupações com a filha caçula e seus netos em desventuras.
Mas acredita, e repete para si, ainda acredita!
Mesmo com medo saiu pela rua à caminhar.
A triteza tomava conta de seu peito angustiado.
Saudade de seu menino, de sua filha que partira, e triste pelos apuros de sua outra filha.
Corria a noite, corria a cabeça disparada em pensamentos, chorava o coração em desalento.
Pensava e repensava, nada encontrava para uma idéia maravilhosa.
Virou a esquina e sentiu medo.
Gritaria e zueira dos embriagados da madrugada, dos mendigos jogados nas calçadas, e das crianças em desamparo.
Recuou se virou e voltou para casa, para a cama, para seu travesseiro e para sua dor e saudades eternas.
Foi para suas preocupações com a filha caçula e seus netos em desventuras.
Mas acredita, e repete para si, ainda acredita!
sábado, 20 de dezembro de 2008
Sem nome.
Trazia consigo sonhos de prata, reluzentes como estrelas pintadas no rosto.
Os ólhos procuraram atentos pousadas para pensamentos realizadores,.
Cedo se fez mulher e mãe, carregou duas filhas queridas no ventre.
Seguiu com sua verdade de amor eterno, e ao longo do caminho esse amor se partiu.
Buscou nas madrugadas consolo para aquela dor do sonho acabado.
Agóra seus ólhos buscavam uma vida nova.
Foram longos anos de busca inócua.
Seguiu sem porto seguro, queria encontrar um novo caminho.
Perdeu-se da vida real, e caiu nas garras de castelos e príncipes de cavalos brancos.
Viveu primeiro a vida de mulher, depois a de adolecente que não vivera.
Acreditou em fantasias que queria fossem realidade.
Caminhou nas madrugadas, se machucou e quebrou a armadura da mulher forte e que pensava ser poderosa.
Caiu na dor da verdade, e os anos se passaram sem piedade, e a vida caminhou trazendo dores e abandono, a perda e uma profunda tristeza.
Lá bem longe, distante de agora, esqueceu de pensar no seu futuro, viveu o que queria, e hoje é sómente um corpo velho feio e ja cansado.
Hoje nada mais combina com os sonhos do passado.
Os ólhos procuraram atentos pousadas para pensamentos realizadores,.
Cedo se fez mulher e mãe, carregou duas filhas queridas no ventre.
Seguiu com sua verdade de amor eterno, e ao longo do caminho esse amor se partiu.
Buscou nas madrugadas consolo para aquela dor do sonho acabado.
Agóra seus ólhos buscavam uma vida nova.
Foram longos anos de busca inócua.
Seguiu sem porto seguro, queria encontrar um novo caminho.
Perdeu-se da vida real, e caiu nas garras de castelos e príncipes de cavalos brancos.
Viveu primeiro a vida de mulher, depois a de adolecente que não vivera.
Acreditou em fantasias que queria fossem realidade.
Caminhou nas madrugadas, se machucou e quebrou a armadura da mulher forte e que pensava ser poderosa.
Caiu na dor da verdade, e os anos se passaram sem piedade, e a vida caminhou trazendo dores e abandono, a perda e uma profunda tristeza.
Lá bem longe, distante de agora, esqueceu de pensar no seu futuro, viveu o que queria, e hoje é sómente um corpo velho feio e ja cansado.
Hoje nada mais combina com os sonhos do passado.
Sem sorrir.
Se avida lhe estivesse pedindo sorrisos e gargalhadas, mesmo com a bôca sem dentes o faria.
A alegria deixaria que se esquecesse da bôca murcha, dos cabelos brancos e desgrenhados.
Como sua vida é pedir e pedir por tudo, ja há longos e dolorosos anos, anos que se passam e nada lhe trazem, só lhe tiram, nem mais se impórta muito com sua falta de dentes.mas ainda espera que um dia, com a bôca cheia de dentes, o pedir desapareça para sempre de seus labios, esses que um dia quem sabe, ainda possam voltar à sorrir, e quem sabe ainda sua bôca possa gargalhar. Mas será que o coração também sorrirá?
A alegria deixaria que se esquecesse da bôca murcha, dos cabelos brancos e desgrenhados.
Como sua vida é pedir e pedir por tudo, ja há longos e dolorosos anos, anos que se passam e nada lhe trazem, só lhe tiram, nem mais se impórta muito com sua falta de dentes.mas ainda espera que um dia, com a bôca cheia de dentes, o pedir desapareça para sempre de seus labios, esses que um dia quem sabe, ainda possam voltar à sorrir, e quem sabe ainda sua bôca possa gargalhar. Mas será que o coração também sorrirá?
sábado, 1 de novembro de 2008
Queria muito entender.
Mãe, por favor vem falar comigo.
Preciso que me conte como tudo aconteceu, para que eu póssa entender tanto descaminho e quase desatino.
Mãe, não vivemos o amor, tudo sempre foi cruel e meu mundo cedo desabou.
Lembranças tão ruins, sem carinho e atênção, e nem mesmo sei se houve colo e brincadeiras com as irmãs.
Mãe, só me lembro de você sempre assustada, e cada vêz ficando mais arcada, carregando o mundo nas costas e sempre calada.
Queria muito entender, o que aconteceu?
Preciso que me conte como tudo aconteceu, para que eu póssa entender tanto descaminho e quase desatino.
Mãe, não vivemos o amor, tudo sempre foi cruel e meu mundo cedo desabou.
Lembranças tão ruins, sem carinho e atênção, e nem mesmo sei se houve colo e brincadeiras com as irmãs.
Mãe, só me lembro de você sempre assustada, e cada vêz ficando mais arcada, carregando o mundo nas costas e sempre calada.
Queria muito entender, o que aconteceu?
Pósso Gritar?
É algo na garganta, UM GRITO CONTIDO?
Palavras necessárias e não ditas?
Toma o peito em aflição, se alastra no corpo que amolece.
Chega a vontade de chorar e a agônia começa à crescer.
O sól começa à nascer, e as crianças alheias à esse mundo cantam sua infância, mas já tem
suas dores.
Labirinto crescente, e os passos parando à cada nova entrada.
O suposto grito fica guardado, e o cansaço não permite palavras.
Querer mudar tudo, sem saber o que é esse tudo, póde não ser nada.
Seres perdidos na clausura das emoções em desespero.
Nem sempre se ouve os pássaros, e o relogio deixa o tempo pequeno, um tempo cheio de correr em caminhos desacertados.
Palavras necessárias e não ditas?
Toma o peito em aflição, se alastra no corpo que amolece.
Chega a vontade de chorar e a agônia começa à crescer.
O sól começa à nascer, e as crianças alheias à esse mundo cantam sua infância, mas já tem
suas dores.
Labirinto crescente, e os passos parando à cada nova entrada.
O suposto grito fica guardado, e o cansaço não permite palavras.
Querer mudar tudo, sem saber o que é esse tudo, póde não ser nada.
Seres perdidos na clausura das emoções em desespero.
Nem sempre se ouve os pássaros, e o relogio deixa o tempo pequeno, um tempo cheio de correr em caminhos desacertados.
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